A história da castanha de caju começou há séculos atrás, profundamente ligada ao Nordeste do Brasil. Antes mesmo da chegada dos colonizadores europeus, os povos indígenas já conheciam e valorizavam tanto o caju quanto sua castanha. Para os tupis-guaranis, que a consumiam há mais de 500 anos, esse alimento era fonte de energia e fazia parte de sua cultura e tradição alimentar.
No século XVI, quando os portugueses desembarcaram no Brasil, se encantaram com o caju e logo perceberam o valor nutritivo e o sabor marcante da castanha. Impressionados, decidiram levar esse fruto em suas viagens, espalhando-o para outras regiões tropicais do mundo.
O primeiro registro escrito sobre a castanha de caju surgiu em 1558, quando o viajante francês André Thevet relatou suas experiências no Brasil em uma carta enviada ao rei Henrique II da França. Nela, Thevet descreveu suas observações sobre a flora local e, entre elas, destacou pela primeira vez a castanha de caju.
Esse relato se tornou um marco importante, pois apresentou ao mundo ocidental uma semente até então desconhecida, abrindo caminho para sua disseminação global. A partir daí, a castanha de caju deixou de ser apenas um alimento tradicional dos povos indígenas e passou a conquistar paladares em diferentes partes do planeta. Hoje, é reconhecida não só pelo sabor único, mas também por sua relevância cultural e nutricional, sendo um verdadeiro patrimônio brasileiro que ganhou o mundo.
Atual produção de castanha de caju
O Brasil é um dos principais produtores mundiais de castanha de caju, com estados como Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte liderando a produção. Essa demanda, tanto para o mercado interno quanto para o externo, tem impulsionado o crescimento dessa indústria no país e movimentado a economia.
Além de consumida de forma natural, ela pode ser usada em doces, salgados, farinhas, leites vegetais e até mesmo em pratos da alta gastronomia. Rica em proteínas, fibras, vitaminas e gorduras boas, também ganhou destaque na alimentação saudável.
Curiosidades
O cajueiro mais antigo e famoso do mundo está em Natal (RN) e ocupa uma área de cerca de 8.500 m².
A castanha de caju foi chamada por muito tempo de “tesouro nordestino”, pela sua importância econômica e cultural.
Apesar de pequena, a semente é uma das mais nutritivas que existem, comparável a outros superalimentos.